Nesses ímpetos
me surge a vontade de escrever;
não porque saiba, senão
porque fazendo-o e desfazendo-o
é como aprendo esse ofício e,
por fim,
algo vai ficando em mim.
As encostas,
os morros,
os precipícios,
os velhos povoados
têm segredos encantadores,
daí o meu desejo de levá-los a passear
em folhas de papel.
Esse belo ofício tenho de tratá-lo
como supertarefa, ainda que me doa,
porque não conto com o tempo de que
gostaria.
Meus versos têm a umidade da chuva,
ou as lágrimas do sereno, e não podem
ser senão assim, porque foram trazidos da montanha.
lindo!! mas não é meu, o autor tem um nome que eu amo.
Lúcia Alves
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